quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Um super-herói em forma de mãe

Inspirado por este post, decidi dedicar umas linhas ao verdadeiro herói, ou melhor, heroína, da aventura que está a ser registada neste blogue. Essa pessoa é a mãe R.



Para que as pessoas percebam que quem faz o verdadeiro sacrifício é a mãe que abdica de estar com os filhos durante a semana para trabalhar e, assim, contribuir com uma parte do combustível (i.e. dinheiro) que faz trabalhar este motor. Sim, desenganem-se, sonhadores. Ter filhos custa dinheiro e é preciso trabalhar para ganhar esse dinheiro.
Para que as pessoas percebam que a mãe não está a ser egoísta, sacrificando o seu tempo em família por causa de uma carreira. Em primeiro lugar, falar em carreira na arqueologia freelancer é um absurdo. Em segundo lugar, a vacina que comprámos há uns dias para o P. custa dinheiro. Ambos trabalhamos para ter o suficiente para que não falte nada aos miúdos e a nós. O trabalho da R. leva-a para longe de casa. Não é porque ela gosta. Ela não gosta, podem ter a certeza.
Para que as pessoas percebam que estar longe custa muito à mãe e que se ela está longe é porque coloca os filhos em primeiro lugar. Antes do bem-estar dela. Por isso ela deve ser apoiada e não censurada.
Para que as pessoas percebam que ao sacrificar-se da forma como faz, ela demonstra uma coragem invejável.
Para que as pessoas percebam que o privilegiado sou eu. Privilegiado porque posso estar com os meus filhos todos os dias. Por muito cansado que ande, é sempre um privilégio vê-los crescer, vê-los fazer determinados gestos pela primeira vez, acompanhá-los quando estão doentes, dar a primeira papa, vê-los dormir descansados à noite como se o mundo fosse um local justo e fácil... tudo coisas que a R. só vê ao fim-de-semana. Privilegiado por estar com uma pessoa com a generosidade que a R. sempre demonstrou. Obrigado R.

Alguma coisa estamos a fazer bem pois os miúdos estão óptimos.

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